top of page
  • Foto do escritorInglês sem Gramática

Por que (ainda) nos atrapalhamos com o verbo BE?


Quanto mais ensino inglês, mas me convenço que o problema no aprendizado desse idioma (e provavelmente de outros), muitas vezes não está no idioma em si. Vejamos porque…

Na maioria esmagadora das vezes, o ensino do inglês se resume a duas coisas: 1. Gramática 2. Vocabulário. Até aqui nenhuma novidade e também não é novidade que o verbo BE está em meio as primeiras coisas ensinadas e eu não discordo disso, afinal de contas o significado dele é SER e ESTAR e quando nos expressamos em qualquer idioma, precisamos dizer, no mínimo, quem somos, como em: Good morning, I’m André.

Além de não falar sobre gramática (citar termos como passive, modals, imperative, auxiliary verbs, etc.), também contrariando a maioria dos métodos, uso a língua portuguesa durante as aulas e o motivo não está relacionado com traduzir para o português o que está sendo ensinado em inglês, mas, acredite… criar (ou recriar) uma relação com o presente, passado e futuro.

Tão importante quanto saber falar o verbo, é, antes de falar, identificar (isso pode demorar um pouco no início, mas com a repetição se tornará automático…) se o que iremos falar tem relação com o presente, passado ou futuro. Se num exercício simples peço que um aluno fale em inglês “nós estávamos”, pode ser até que ele saiba como dizer “We are” e “We were”, mas se não souber que “nós estávamos” é passado, pode facilmente se atrapalhar e dizer “We are”. Imagine então quando for dizer uma frase com vários verbos e tempos combinados! Uma loucura!

Por quê isso acontece com o BE e com os outros verbos (que precisam das palavrinhas DO, DOES e DID)? Porque em português, falamos automaticamente, não pensamos (porque não precisamos… aprendemos ouvindo… lembra?) em presente, passado, e futuro. Essa “automatização” que possuímos em português, queremos levar para o inglês, mas ela não acontece com facilidade para todo mundo, aliás, não acontece com facilidade para a maioria das pessoas e, por isso, precisamos recuperar essa relação, esse pensamento em relação a presente, passado e futuro. Como disse anteriormente, no começo isso demora um pouco, mas logo você “pega o jeito”.

Sabe aquelas pessoas que dizem que entendem quando ouvem algo em inglês, mas não conseguem falar? Isso acontece porque ao ouvirmos, podemos considerar o contexto para chegarmos ao entendimento, portanto não nos preocupamos em organizar o pensamento, pensar em presente, passado, futuro, simplesmente ouvimos, organizamos de um jeito ou de outro e consideramos o assunto como entendido. Com a fala não acontece o mesmo, ou seja, se você não organiza (não é preciso haver perfeição nesse momento…), não fala. Não saber por onde começar a organizar o pensamento, cria no aluno os argumentos de medo e vergonha ao falar, certo?

Por fim, se você tem dificuldade em falar inglês, mais especificamente o verbo BE que é o assunto desse artigo, comece a praticar sozinho desde já essa coisa da relação presente, passado e futuro. No seu dia a dia, observe quando disser algo relacionado e “ser” e “estar” (eu estou (I am) muito cansado hoje, eu estava (I was) muito cansado ontem, etc.) e pratique mentalmente. É fácil… acredite!

1 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page